quarta-feira, 24 de junho de 2015

APRESENTAÇÃO


Já ouviram falar em Spread X? Ainda não? Então preparem-se porque certamente ouvirão bastante! A Spread X é uma novíssima banda de rock – sim de rock – cujos integrantes optaram pela vertente do progressivo, para vestir suas letras sempre traçadas dentro de uma ótica cristã. 

A banda – que já atendeu por Haziel e Evangélion – é composta por músicos experientes. Da origem em Marabá no Pará, Naor Nunes e Elias Jr (respectivamente baixo[voz principal] e guitarra[voz de apoio], juntos assinam grande parte do repertório) para o Rio de Janeiro, onde encontraram e estenderam o convite a Nandinho Reymond (Teclado) e ao igualmente “cascudo” Alan Jackson (bateria – voz de apoio), retomando assim as atividades em solo carioca, em novo estilo e com força total. O resultado pode ser conferido em “Retorno” (assim mesmo, sem o artigo, apenas o substantivo) álbum de estréia, gravado no Inove Estúdio, produzido e lançado pelo o próprio quarteto. 


Curiosidades: 

“Spread” do inglês: propagação, divulgação, difusão... e o “écs” como o “Xis (resolvido) da questão”, a resposta para os anseios da alma, o sentido... Assim compreendido, SPREAD X significa: O anúncio do Caminho, da Verdade e da Vida! 

O título mais a arte da capa (desenvolvida por Davi Aranha e finalizada por Sidney Alfradique) fazem referência direta ao regresso prometido por Cristo. Destaque para o “inexplicável amor divino para com TODOS” (inadmissível pelo sistema teológico Calvinista rss) no lugar do irônico escrito de Pilatos “JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS” e para os abutres sobrevoando a cruz de um dos ladrões... possivelmente daquele que não O reconheceu solicitando lembrança. 


Contatos

quarta-feira, 5 de junho de 2013

RESENHA


Mesmo com riff’s pesados, “Histórias e bicicletas – reflexões, encontros e esperança” faz entender que o álbum anterior (Depois da guerra) fecha um ciclo principiado em “Humanos”. 

O novo álbum recém-lançado é dedicado à Jaky Dantas (esposa do vocalista, falecida no ano passado) e possui nove faixas inéditas somadas a duas regravações: “Aos pés da cruz” de Kleber Lucas e “Save me from myself” de Michael w. Smith. Surpresos? O primeiro CD com o baterista Alexandre Aposan efetivado ainda traz uma poesia de Roberto Diamanso na música "Encontro" e a coordenação de Leonardo Gonçalves.

Depois de ouvi-lo por mais de uma vez de cabo a rabo, o que fica, é a mesma ansiedade por novidades. O CD não é ruim, embora não haja letras no encarte físico (péssima ideia “inovadora” da MK) estão lá o peso, a técnica e a precisão peculiar ao G3, porém, por suceder o DDG... chega como aperitivo.

Se vocês - assim como este que vos digita - já aguardam por um novo trabalho que corresponda às expectativas geradas pela própria banda. Corram agora mesmo para o YouTube atrás de “banda Vértice CD completo” e confiram como o Mauro Henrique já impressionava no underground. Em seguida, vale conferir também, a novíssima “Observ”, banda do guitarrista contratado Celso Machado.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

LEMBRANÇAS


Hoje faz 25 anos que Janires Magalhães Manso se foi. Se vivo (o fundador dos históricos Rebanhão e Banda Azul ) certamente estaria “elogiando” as letras das ditas bandas de rock gospel de agora. Parafraseando o compositor de “baião”: Bandas com a criatividade, mas curta do que perna de cobra!


“Um dos maiores talentos de todos os tempos... um dos compositores que mais polemizaram a música sacra”.  Graça e Paz – jornal evangélico do Rio de Janeiro em 1991.

"Ironizava os políticos corruptos, os comerciais da TV, parodiava filmes e novelas, falava das realidades, de sonhos, fracassos e frustrações, do pecado e da miséria resultante, para apresentar, em fulgurante contraste, a estonteante luz, a estupenda graça e a infinita paz de Jesus Cristo" Paulo Marotta (amigo de banda).


sexta-feira, 28 de setembro de 2007

ENTREVISTA




Para início de conversa. Com quantos anos você começou a compor e quantas composições possui?

Bênlio: Com 16 anos. Não tenho certeza, mas somando letras e músicas, umas 180. Preciso recontar de vez em quando...
Não que a quantidade seja importante, já que não vivo de música. Se de alguma forma esses trabalhos podem ser úteis ao Reino de Deus, me sinto gratificado com cada uma delas.

Suponho que seja filiado a uma das associações que compõem o ECAD. Você recebe ou já recebeu por suas composições?

B: Sou filiado à AMAR (Assoc. de Mús. Arranj. e Regentes) do RJ. Sim, recebo uns poucos reais (pouco mesmo) trimestralmente pela eventual execução em rádios das minhas composições. Já recebi um pouco mais quando eram tocadas em televisão e shows, mas isso acabou.

Geralmente a estréia é homônima. Por que o título “O circo capital”?

B: Difícil explicar isso com poucas palavras. “O Circo Capital” será um álbum temático onde as letras se encaixam. Trata-se de uma metáfora onde imaginamos a chegada sutil de um circo (o capitalismo) numa cidade simples. Imagino aquelas pessoas humildes olhando os caminhões do circo chegando com todas as atrações em exposição. Parece tudo muito divertido e interessante. O circo é montado e os números apresentados um a um, iludindo as pessoas enquanto tiram delas todo o dinheiro. Depois desmontam as lonas e seguem para fazer o mesmo em outra cidade, deixando o rastro da destruição. Cada número do circo é representado por ícones da nossa sociedade: os palhaços podem ser os líderes de uma forma geral, como políticos corruptos, pastores mercenários, etc. Muitos de nós somos o “homem bomba” (“jogados de um lado pro outro, vestidos de palhaço mas tremendo de medo”, como diz a música título do álbum). E por aí vai, até que o apresentador conclui a música dizendo: “É, acho que o circo não vai demorar aqui, espero. Porque tem alguém lá em cima que não está gostando, não está se divertindo. Alguém que, sangrando, já falou: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.

Por falar em idolatria ao dinheiro em todos os seguimentos sociais. Qual é a sua avaliação sobre a prática do jabá?

B: Sinceramente não entendo muito disso, mas sei que existe inclusive no meio evangélico. Qualquer coisa que seja fundamentada na mentira, na desonestidade, na enganação e na hipocrisia, é uma prática fora dos padrões Bíblicos, então eu sou contra. Eu nunca paguei nem participei de qualquer grupo que tenha pago, por exemplo, para tocar músicas em rádio ou qualquer outro veículo de mídia. Se for para tocar minhas músicas, Deus (não o dinheiro) abrirá as portas. Seria uma enorme hipocrisia a gente falar contra isso no cd e fazer o contrário.

E sobre a prosperidade entrelaçada ao financeiro?

B: Como a Bíblia diz, “Digno é o obreiro de seu salário” (Mt 10:10). Não vejo problemas em um profissional receber o valor justo por seu trabalho, desde que honesto. O problema começa quando ele idolatra o dinheiro e deixa Deus em segundo plano, quando se desequilibra em relação às suas prioridades. Não dar assistência à família por causa de trabalho, por exemplo, é um desequilíbrio. Acumular bens sem ajudar ao necessitado, é outro. Trabalhar tanto a ponto de não ter tempo para ler a Bíblia, meditar e orar, outro.
Eu repudio qualquer pregação que use a prosperidade como isca para inchar igrejas, como se Deus fosse um investimento rentável, uma barganha.
É só lembrar da parábola do jovem rico (Mt 19:21) em que Jesus o convidou a vender todos os seus bens e doar aos pobres. Jesus sabia que o coração do rapaz estava no dinheiro, e essa seria a cura, mas o rapaz se foi entristecido e incapaz de fazer o que Jesus lhe dissera.

Quando foi que vocês começaram a trabalhar no disco e onde estão sendo feitas as finalizações?

B: O álbum começou a ser composto em 2004, mas o trabalho de unificação das músicas e letras é mais recente e ainda não o terminamos. A pré-produção começou na minha casa, e continua em andamento na casa do Rodrigo, o guitarrista da banda. Como ainda não temos previsão de lançamento por falta de recursos para entrarmos em estúdio, a cada composição que surge, temos tentação de inserí-la no “O Circo Capital”. Mas seremos fiéis às primeiras idéias e manter a estrutura geral do “Circo”. Hoje temos material pra gravarmos 3 cds. Como nosso tempo é regido por Deus, as coisas vão acontecer se Ele quiser. É para o Reino dEle que trabalhamos. Se nosso cd for útil, será convocado por Deus na hora dEle. Enquanto não, temos disponibilizado as letras na nossa comunidade do orkut e também algumas faixas da pré-produção em sites hospedeiros de mp3.


O CD terá tino comercial? Você tem alguma faixa predileta?

Como não temos recursos próprios, o cd precisará de “tino comercial” para que alguma gravadora se interesse por ele, ou algum investidor independente. Mas nunca foi nosso foco trabalhar por lucro, e sim, por evangelismo e edificação da Igreja. Claro que temos despesas com ensaios, manutenção de equipamentos etc, mas cremos que Deus toca em quem deve contribuir e ofertar algo para a banda. Nosso ministério vive pela fé.


A “teclarra”, misto de guitarra e teclado criado por você, foi utilizada nas gravações?

B: Ainda não. É preciso certa habilidade para tocá-la e tenho investido o tempo em outras prioridades. Mas espero usá-la no cd sim.


Além das músicas que estarão presentes em “O circo capital”, a Base Forte toca (ou pretende tocar) em seus shows, antigos sucessos do Fruto Sagrado, como “Base forte”, “Pra acordar”...  entre outras compostas por você e que fazem parte da sua história?

B: Depende. Eu e o Rodrigo chegamos a fazer um arranjo novo, bem atual, para a música “Base Forte”, mas acabamos dando prioridade para as músicas novas, já que qualquer coisa hoje ligada ao meu passado musical ainda me dói só de lembrar. Chegamos a tocar “Amor de Deus” na maioria dos eventos, mas também queremos dar prioridade hoje para as músicas novas.


Como tem sido a experiência de começar tudo de novo? De produzir com novos músicos? Aliás, como foi feita a escolha e quem são eles?

B: A melhor possível! Eu nunca teria conhecido e tocado com esses excelentes músicos da Base Forte se Deus não tivesse me dado o livramento para recomeçar de volta às origens humildes de um trabalho cheio de amizade, união, seriedade, comprometimento com Ele, respeito mútuo e unidade. Fazia tempo que eu não sabia mais o que era isso. Por isso me considero tão abençoado. Produzir com músicos que têm a mesma visão tanto musical quanto espiritual sem foco em finanças é algo incrivelmente agradável que não ocorria mais na outra banda desde a entrada de novos integrantes com propostas diferentes das originais que levaram a banda a existir. E talvez a inexistir. Foi o preço que se pagou. Sem contar as feridas abertas e cicatrizes doloridas. Mas falando da parte boa, os integrantes são: Rodrigo Olivera (guitarra e violão), Felipe vellozo (baixo e vocais), Hugo Luna (bateria) e eu. Todos foram literalmente mandados por Deus, um a um, sem processo humano de seleção. Faz parte da história milagrosa da Base Forte.

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Qual é o ideário da Base forte?

B: 1) Assumir a posição de servos, e não de estrelas, de ídolos da música gospel. O servo faz o que o Senhor diz, sem ditar a Ele condições e exigências.

2) Fazer as coisas do jeito dEle, no tempo dEle.
3) Cuidar de nossa vida espiritual para tentarmos viver aquilo que cantamos e pregamos. Cuidar para não ampliarmos ainda mais a febre da hipocrisia religiosa, a doença número 1 do músico cristão nos últimos tempos, salvo exceções.
4) Usar a música como ferramenta de distribuição de letras que convidam à reflexão quanto ao relacionamento dom Deus. Distribuir livremente essas reflexões para atingir o máximo de pessoas. Hoje, temos a internet como veículo gratuito para isso.
5) Aos que gostam de música mais elaborada, fazer arranjos no máximo de nossas possibilidades na roupagem do rock progressivo, baladas e tudo o que resultar da experiência musical da fusão do histórico de cada integrante.


A Base Forte é um ministério? Existe o chamado “Ministério de bandas Gospel”?

B: Se ministério for estar a disposição do Senhor para trabalhar para o Seu Reino, sim. Com o tempo acho que esse título “ministério” ficou meio alterado. Já ouvi dizer que para ser ministério não dá pra ser profissional. Discordo disso porque pastor é um ministro e tem seu salário. Ele “vive disso”, e nem por isso é um mercenário. Então dá pra viver de evangelho sem se corromper. É uma questão de escolha. Se a idéia da banda for fama, grana, poder e assédio, não pode se dizer servo ou ministro.


Na sua opinião, é possível tornar-se “estrela” sem eclipsar a verdadeira luz?

B: Depende do que você interpreta como “estrela”.
Em Jo 3:30, João Batista, falando de Jesus, diz: “É necessário que eu diminua para que ele cresça”. Se o princípio for esse, não tem o que dar errado. Jesus (a estrela da manhã), foi famoso, mas não exigia hotel 5 estrelas pelas cidades por onde pregava. Nem exigia conforto nas viagens. Paulo também viajou muito, era muito comentado e seguido nas suas viagens. Sempre dependia dos irmãos em Cristo mandarem suprimentos para sustentá-lo nas viagens. Jesus, Paulo, Moisés, Abraão, Noé, José e tantos outros tinham algo em comum: uma grande missão e a total dependência de Deus que os supria em todos os sentidos. Eles eram estrelas que não ofuscavam a luz de Deus. Ao contrário, brilhavam porque refletiam a Luz dEle. Exatamente como devemos fazer.


Vasculhando a internet, encontrei uma entrevista antiga do tipo “pingue-pongue”, feita com você... Comida: Salpicão, Bebida: Cocktail de frutas, Filme: O advogado do diabo. O que gostou neste filme?

B: caramba... entrevista antiga mesmo. Porque esse negócio de “bebida, comida, hobbye, cor preferida, etc” é coisa de revista Caras, de Ricos & Famosos. Hahahahah... nunca fui nem um nem outro! Mas vamos ao filme.... realmente me impressiona a sutileza do inimigo em tocar nas nossas fraquezas, nos induzir ao pecado e ainda dizer que foi uma escolha nossa. Principalmente a última cena do filme (onde o diabo volta a tentar o advogado no mesmo erro da vaidade) me impressionou e devo sempre pensar nisso. Devemos todos pensar nisso. Obrigado por me lembrar.


Ainda, no mesmo “pingue-pongue”, as bandas Oficina G3 e Dream Theater são citadas. O que te atrai em ambas? Elas influenciam a Base Forte?

B: o que me atrai em muitas bandas de rock é a criatividade que eles têm. Sempre tive respeito pelo Oficina por ter sido a primeira e única banda gospel a atingir reconhecimento nacional inclusive em parte do meio secular. Isso é uma vitória para quem leva o evangelismo a sério como eles. Desejo que Deus continue abrindo as portas para eles. Quanto ao Dream Theater, conheço o som deles muito antes deste chegar ao Brasil, e tenho grande identidade com esse estilo. Sempre curti rock progressivo e quebradeiras rítmicas em geral. Há muitas bandas seculares e cristãs desse estilo. As influências musicais da Base Forte são as mais variadas possíveis, pois cada integrante carrega sua bagagem musical e o nosso estilo é a mistura dessas influências.


Em entrevista ao jornal Extra (29 de maio de 2001), referindo-se ao que, teria dito Kim (Catedral) em entrevista concedida ao site “Usina do som”, você disse: “a Bíblia afirma que tudo o que o homem plantar será colhido”. Conheço algumas pessoas, que relacionam a morte do guitarrista Cézar, a este mesmo versículo. Você concorda com isso? Por que?

Não acompanho a carreira do Catedral, então sei muito pouco sobre eles. Mas não cabe a nenhum de nós atribuir à morte do Cézar qualquer coisa relacionada à história do Catedral. Foi o tempo de Deus para levá-lo, e só Deus sabe o motivo. Essas pessoas diriam... “Jesus morreu tão cedo, de forma tão trágica... deve ter colhido o que plantou!”? Jesus cumpriu a missão dEle, e só. Ai de nós sem esse sacrifício! E todos os outros heróis da Bíblia que foram levados quando chegou o tempo de Deus pra eles.
Por outro lado, eu, você, quem ler essa entrevista e todo ser humano deve pensar sempre nisso: sempre colheremos o que plantamos (Gl 6:7). Essa é a lei de Deus! É fato! É imperativo. É uma ordem celestial. E o melhor: podemos escolher. Não plantaremos kiwi para colhermos giló nem vice-versa.


Valeu pela entrevista. O espaço é seu!

Eu é que agradeço o espaço. Não para vender uma imagem bem sucedida da banda Base Forte, mas para pedir a todos que orem por nosso propósito e nos apóiem em orações. Estamos no limite do que podemos fazer enquanto aguardamos o tempo de Deus para os próximos passos. E peço que estendam as orações pela música cristã em geral, pois o inimigo tem atacado sem tréguas esse segmento do exército do Reino. Orar com seriedade pelos músicos, pastores, evangelistas, missionários, capelães, conselheiros, professores etc é tão importante quanto ou mais que subir num palco e tocar pra milhares de pessoas.


Que Deus nos abençoe!